Hoje a miúda de 16 anos fez o jantar, coisa que acontece muito raramente. Não sei bem como chamar a este prato, mas será qualquer coisa como "esparguete com cogumelos salteados em molho de tomate e outros ingredientes que estavam à mão, como tomates secos, queijo de cabra, azeitonas e pimento vermelho". Estava óptimo!
Diz ela que estava inspirada, porque à tarde esteve a ver de novo Cassavetes, desta vez "Uma mulher sob influência" (1974). A mim acontecia-me o mesmo, mas com os livros, lia o primeiro e durante uns tempos não parava de ler tudo o que conseguia arranjar do mesmo autor. Foi assim com Moravia, Virginia Wolf, Marguerite Yourcenar, Lobo Antunes, Saramago.
Vício ou não, a verdade é que hoje a "inspiração" deu frutos.
E sim, não há dúvida que é um grande filme, mas com uma grande carga dramática. Vi-o com um nó na garganta, do princípio ao fim. E quando lhe disse que não era uma "love story" como o "Minnie and Moskowitz" ela respondeu-me que eu estava enganada. Que o final encerra uma verdadeira história de amor - o casal (Peter Falk e a fenomenal Gena Rowlands) deita os filhos, o marido cuida da mão ferida da mulher, que lhe pergunta "Do you love me?"mas ele não responde com palavras. Olha-a e diz-lhe "I...", "Come on, let's clean this mess", conclui. Ela percebe que ele a ama e, felizes, começam a arrumar a sala e a preparar-se para dormir.
sou mesmo um espetáculo!
ResponderEliminaressa comida, parece estar muito boa...
ResponderEliminar